sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

HUMANO

Feridas da minha infância
Cicatrizes visíveis na minha adolescência
Que de vez em quando sangram na minha idade adulta
Abertura que o tempo não esconde e nem se perde
Saber lhe dar com minhas deficiências e limitações
Aplicar o remédio certo na hora certa
Para não ferir com minhas feridas
As pessoas tão queridas
Sei que reside em meu ser vários eus
E todos eles vivos e ate mesmo independentes
A qualquer hora do dia ou da noite podem surgir lentamente
Produzindo em te feridas da minha ferida que sangra constantemente
Como estou tão próximo de te
Será o primeiro a receber o que não foi pensado pra te dar
Não é aquilo que mereces ter
É somente o meu eu limitado pequeno
E tão humano que você viu agindo de relance por um instante.

Conceição Pearce.

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