terça-feira, 7 de abril de 2020

Renascendo na tempestade



Surgistes sem fazer nenhum ruído ou qualquer alarde, sem fazer nenhum sentido,
Colocando cada qual no seu devido canto, na esquina da vida no vértice do mundo.
Recolhendo cada um no seu espaço particular para aprender a lhe dar com as escuridões da sua própria companhia, tumultuada de lembranças e agitada com pensamentos consequentes da falta de distração que a vida agitada evitava.
Reaprender a ser alegria, ser paz, nos longos dias mergulhado em solidão,
Incitando a desejar um olhar, um gesto, uma palavra, uma companhia. Dando sentido e entendimento daqueles que estão ao redor da nossa vida.
Fazendo filtrar o que nos faz bem e o que arruína as energias da nossa vida.
Depois que a tempestade passar, depois que tudo isso acabar alguéns saberão dar sentido, a vida o que somos e temos no nosso dia a dia.
Arrastados ao autoconhecimento e testados na fé, para aprender a transmutar pois tudo é cíclico e passageiro.
E  a cidade permanece silenciosa ,um amontoado de casas inanimadas com longas ruas desertas, nas praças esfinges de bronze de benfeitores esquecidos retrata uma imagem degradada do que fora o homem do passado.
Conceição Pearce

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