segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

                             
                                             AÇOITE

Mãos que com rigidez disfere golpes em sua vitima,
Que inerte silenciada se deixa chicotear.
Cumpre o mando de alguém que taciturno na sombra tenta se ocultar,
O que sucede na cabeça do algoz que por pequena soma abate sua vitima.
Com movimentos cadenciados arranca-lhe a pele e faz o sangue rubro jorrar.
Açoita sem piedade.
Não cumpre um comando, mas reveste-se do próprio algoz ,quando os músculos dos movimentos compassados fremiram seus braços, estará satisfeito pelo encerramento do seu ato?
Ou contempla sua vitima onde derramou sua fúria se sentido derrotado, por ter sido um instrumento empregado por mãos covardes.

Conceição Pearce

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